Texto do blog do fotógrafo Renato Rocha Miranda - I Love My Job.

Ao mesmo tempo, na outra ponta do processo, vejo um acirramento de ânimos contra os recém-chegados, a frieza do contato nas redes socias permite questionamentos levianos sobre o motivo de alguém querer ser fotógrafo, sobre qual razão o levou a comprar uma câmera.

Em um “protesto” no Facebook pode se ver uma câmera fotográfica amadora seguida dos dizeres: “Mas porque as pessoas compram uma maquina profissional e saem por aí achando que são fotógrafas?”

Um bom motivo é que elas podem comprar a câmera que desejam, não há nada que as impeça, outra excelente razão é que talvez queiram ser fotógrafas, novamente nada no mundo pode impedí-las e talvez porque não haja outra palavra além de “fotógrafo” para chamar alguém com uma camera fotográfica nas mãos fazendo fotos por aí…

Se as fotos são boas ou não, é uma questão que passa longe do equipamento, mas quanto a ser fotógrafo, qualquer um de nós tem o direito de ser. E qual a eficácia de se ficar sentado na frente do computador compartilhando quadradinho colorido em rede social? Isso vai mudar alguma coisa?

Quer ser valorizado? Faça fotos valiosas.

São campanhas que se dizem à favor da “valorização da Fotografia”, mas com um leve ranço de “eliminação da concorrência”. Como se aqueles que criticam não tiveram, algum dia, as mesmas dúvidas sobre enquadramento, ISO, e fotometria ou os mesmos equipamentos dos criticados.

Como se houvesse uma razão ou motivo para ser fotógrafo, aliás, como se fosse possível definir com exatidão o que é ser FOTÓGRAFO nos dias atuais.

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